Vitória do Charneca por 4-1
Um jogo com pouca história para contar.
Na primeira parte o Charneca foi mais forte, sabia o que queria, era mais ofensivo, mais consequente, as bolas chegavam à nossa baliza sempre com perigo.
A nossa defesa esteve nos piores dias de sempre. Eu não apontei, mas há dois golos do Charneca que são autênticas fífias... bolas que passam pelos defesas... como manteiga.
Obviamente, assim não dá...
Voltamos à conversa inicial, há jogadores na nossa equipa que precisam evoluir muito tecnicamente. Não se pode ir à queima-roupa... ainda por cima fora de tempo, e ainda por cima quando se é um jogador lento, sabendo que não está ninguém atrás de nós a fazer as dobras...
Mas enfim.
A verdade é que também não construímos, mas se por acaso estivéssemos a construir... a levar golos desta maneira não há equipa que ganhe motivação ...
Bem, sem muito para contar, na primeira parte.
Uma ou outra jogada bem conseguida, a defender muito mal, com um árbitro medíocre, que já conhecemos bem... o espectáculo não podia ser grande coisa.
Imagine-se que o homem (árbitro), é tão a... que a dada altura virou-se para o treinador do Charneca a adverti-lo... quando a única coisa que treinador tinha feito era falar para o campo para um jogador da sua equipa...
O Homem ameaçou, o treinador explicou que não estava a falar com ele... e o homem de preto, abusando da sua autoridade, expulsou o treinador...
Espectáculos destes envergonham o desporto...
Eu não sei como funciona a arbitragem nestes escalões jovens, mas se por acaso uma participação por escrito ajudar a correr com gente desta do Desporto, eu sou o primeiro a oferecer-me a contar alguns episódios que já presenciei deste sujeito...
Azar nosso, já vai no terceiro jogo que nos apita... Neste não foi decisivo, porque o Charneca foi quase sempre superior, mas nos jogos contra o vale Milhaços e o Alfarim... se tivéssemos a sorte de ser apitados por um árbitro normal... os resultados poderiam bem ter sido muito diferentes!
Se isto é assim nos Infantis... depois admiramo-nos do que acontece na Liga profissional...
Chegamos ao intervalo a perder por 3-0
O que até é invulgar, porque o Almada costuma fazer melhores primeiras partes. As segundas partes é que costumam ser uma vergonha.
Neste jogo a primeira parte perdemos por 3-0 e a segunda parte se fosse um jogo isolado, teríamos empatado 1-1... O que é raro nesta equipa!
Ora, dizia eu, que a primeira parte tem uma história triste e inexplicável. A equipa construiu poucas jogadas, foi muito pontapé para a frente, a defesa jogou vergonhosamente. E o resultado demonstra verdadeiramente o que se passou em campo. Uma ou outra boa jogada pela esquerda, nos pés do Elídio, mas quando chega a hora «h» de se fazer o passe bem feito, estraga-se tudo... ou é um pontapé sem nexo, ou se tenta chutar à baliza sem ângulo, ou tenta-se mais uma fintinha...
Já na segunda parte tudo mudou. A entrada do Galego para a direita, criou espaços no corredor direito que acabariam por ser bem aproveitados, com boas trocas de bola entre o Mário e o Galego e o Luís.
As oportunidades apareceram. Apesar de não muito flagrantes, a verdade é que a bola estava muitas mais vezes no meio campo adversário.
Houve ali uns 10 ou 15 minutos de bom futebol, com boas triangulações. Gostei de ver.
A dada altura, uma jogada de contra-ataque, o Elídio aparece na área, consegue desenvencilhar-se de dois adversários, passa pelo guarda-redes e a única coisa que tem à sua frente é a baliza... Pois... é isso que estão a imaginar. Atirou para fora, rente ao poste direito...
Coitado do miúdo, ficou tão desiludido consigo próprio que nem se conseguia levantar do chão.
Acontece!
Obviamente que acontece... sem dramas!
Neste momento seria o 3-1.
Bem o Almada foi insistindo, muito pelo lado direito, (por acaso foi uma pena, muitas vezes havia jogadores sozinhos no lado esquerdo, mas o Mário que estava a controlar bem a bola a meio-campo, só via o lado direito... e foi por aí que a equipa subiu a maioria das vezes... embora se o tivesse feito pela esquerda, em alguns momentos teria resultado em jogadas mais perigosas.
É preciso gritar para o campo, chamar os miúdos e dizer-lhes quando estão a fazer mal.
Numa dessas jogadas à direita, o Galego faz um centro-remate e trai o guarda-redes do Charneca. mesmo ao ângulo.
Um golão...
Bem, o Almada está motivado, agora está a dominar o jogo...
Numa jogada do Charneca, um remate fraco, ao canto da baliza... o Henrique atira-se para o chão, a bola passa a raspar-lhe as mãos. Má colocação no terreno, pouca experiência. o Rúben numa bola destas jamais deixaria entrar...
O jogo termina, com um sabor misto:
Por um lado, continuamos muito fracos a defender, com falhas inadmissíveis... Continuamos sem colocar pressão nos adversários. Os únicos jogadores que vi a pressionarem os adversários foram o Luís, a Maria, o Mário e o Galego...
O Ilídio continua a não saber defender... perde-se no campo quando a bola est´nos pés do adversário, o Rúben, que está agora à frente, marca os jogadores um passo à frente deles, em vez de estar nas suas costas... o Rui vai à queima-roupa em bolas proibidas, o Virginaldo só joga bem quando a bola lhe chega aos pés... 5 minutos depois de entrar já se arrastava no campo, como se estivesse a jogar à duas horas... O Mário embicou para a direita, esqueceu que o campo tb tinha um corredor esquerdo...
Por outro lado, gostei de ver algumas jogadas.
Que raio... podemos criticar que os miúdos treinam sempre com bola e não fazem preparação física, e que isso pode ser uma desvantagem, podemos também dizer que os miúdos não treinam com balizas, por isso quando estão em frante à baliza perdem-se... mas o que não podemos aceitar é que não façam aquilo que aprendem semanalmente: trocar a bola de pé para pé...
É isso que andam a fazer há meses... e ainda não conseguem fazê-lo porquê? Não percebo...
Neste jogo do Charneca gostei de ver uns 10 minutos de jogo em que isso funcionou. Principalmente entre o Mário e o Galego. Mostraram que sabem jogar, que é simples construir uma jogada. O problema é que foram só 10 minutos...
CONCLUSÕES.
Ainda não tinha visto o Rúben a jogar à frente.
Sinceramente, não sei se ganhamos muito com isso!
Na verdade perdemos um grande guarda-redes com essa troca, e não ganhamos nenhum jogador que faça a diferença.
Pelo menos na posição em que o vi jogar!
Andava muitas vezes perdido, ofensivamente sim, é esforçado, procura desmarcar-se... mas a defender é muito falível.
Mais um jogo em que vimos pelo menos 3 marcações de fora incorrectas. A bola passa para o adversário!
É ridículo repetirem o erro.
Os defesas, sejam eles o Diogo, o Rui ou a Maria, têm de perceber que a bola tem de sair de trás, jogada nos pés...
Aquelas biqueiradas para a frente.... sem nexo... para além de demonstrarem pouca inteligência a jogar, são futebol feio, inconsequente, sem sentido.
Percebo que uma bola perigosa no meio da área... mereça um pontapé para a frente... mas isso é o que faz o melhor defesa central do mundo.
Agora bolas no chão... com adversários a certa distância, despejar bolas para a confusão... é para quem só joga futebol à na rua com os amigos... quem tem treinos bi-semanais, não pode jogar à bola assim... Eu nem vejo os escolinhas a fazer isso... quanto mais infantis...
Mais uma jornada. Mais um jogo. Mais uma derrota.
Dizia um pai que os miúdos assim vão-se abaixo psicológicamente. Já vão para o jogo a desejar «perder por poucos»...
É verdade.
Mas também não sei como se consegue ganhar. Não tenho essa receita milagrosa.
A equipa é o que é!
Tem momentos em que joga bem... tem situações em que comete os erros mais incríveis...
Eu sou uma pessoa essencialmente optimista. Eu quero acreditar que eles vão evoluir.
Até prá semana!
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sábado, 28 de fevereiro de 2009
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