Almada - 3 Arrentela - 6 (o7MAR2009) análise Jogo

Breve análise do jogo!


Mais uma vez às 09:30.
Os pais a madrugarem nos poucos dias que podiam descansar.
O Campo com as marcações perfeitas, o terreno está optimo, não tem poças, mas também não está demasiado duro, pois mantém alguma humidade dos dias chuvosos da semana que passou.


O Arrentela a jogar de vermelho e Azul
O Almada de Branco.
O Jogo começa com céu muito nebulado, mas rapidamente foi abrindo e terminou com todos os pais a soprarem com o calor...

Formação Inicial:

Baliza: Henrique
Defesas: Diogo e Rui
Médios: Galego, Mário e Elídio
Frente: Luís

NO BANCO:
Isaque, Maria, Ricardo e Virginaldo

O Árbitro é estreante nos jogos do Almada desta época o que, só por si, deixa grandes expectativas para o encontro, já que temos tido muito azar com árbitros muito incompetentes.
Este, ao menos, deixava-nos sonhar com uma arbitragem normal.
E foi verdadeiramente o que aconteceu! (mais à frente contarei a conversa que tive com o árbitro no fim do encontro)

O encontro começa, anormalmente, com forte predominância do Almada. Não o esperávamos. Afinal era o 1º lugar (só vitórias) com o último lugar (só derrotas).

Foram 15 minutos de jogo muito disputados, com o Almada a controlar bem a bola, a defender bem e até a criar boas oportunidades (O Ilídio esteve quase, quase... a meter o pé na bola antes do guarda-redes...)

Estes 15 minutos marcaram-se por uma anormal concentração dos miúdos (alguns pais comentavam que havia aqui um factor novo, o facto de o treinador Pedro ser muito mais interventivo a falar para dentro de campo) seja por isso, ou não... a verdade é que as posições estavam conseguidas, não se viam (como é normal nesta equipa) miúdos perdidos dentro de campo, desfazados das marcações, sem sentido de campo!
Não. Hoje estava tudo a correr bem.
Ou, pelo menos, mais ou menos bem.
A dada altura, deixamos uma brecha... o Arrentela faz o 1-0.

A partir daí foi o descalabro.
O Mister Pedro bem gritava para dentro de campo, mas os miúdos não sabiam quem marcar, onde, nada... era tudo à toa! A Maria andava a correr dentro de campo, mas sem nexo, para a frente, para trás... o Mister gritava, «Maria Marca, ao meio!», e ela corria para ali, para acolá...

Bem, esses últimos dez minutos da primeira parte foram a degraça total, o Arrentela a pressionar, pressionar, cantos, uns atrás dos outros... e nós a safarmos, tudo muito mal amanhado...

Chega o intervalo. perdemos por 1-0
Apesar dos últimos dez minutos de jogo muito fracos... todos nós, pais, constatávamos que nunca o Almada disputara um jogo desta forma. Finalmente fomos equipa por uns minutos.

O Rui e o Diogo conseguiam meter as bolas nos pés (bem, nem sempre... de vez em quando dá-lhes um nervoso e desatam aos bicos para a frente... às vezes para os pés dos avançados...)
os médios estavam a conseguir meter as bolas na frente para o Luís...

A coisa estava a funcionar.
Pelo menos não era daqueles jogos de massacre... eles atacavam, mas nós também atacávamos.

Eu acho, opinião pessoal, que fez muita diferença o facto de o Mister Pedro estar sempre a «reposicionar» os jogadores. Porque esse é um dos graves problemas desta equipa. Corre-se para a frente mas não se corre para trás. Procura-se a desmarcação, mas não se marca o adversário.
E hoje o mister estava incansável: «Recua, marca o 8!. Mais ao meio, marca o 10!. Tens de acompanhar o 7!» E, a meu ver, esta «ajuda» para o campo faz toda a diferença.

Quantos de nós, no banco, não metemos as mãos à cabeça quando vemos os adversários sozinhos e os nossos jogadores em vez de estarem a marcar, a virem encostados à linha???

É que o problema não é de 1, ou 2 jogadores.
São quase todos eles. Não sabem posicionar-se no campo.

O Elídio, a Maria, o Galego, o Virginaldo, o Isaque, são repetentes nesse comportamento. Estão a desmarcar-se, a bola passa para o adversário e eles deixam-se estar desmarcados... Em vez de ajudarem os defesas, não. Estão à espera que os defesas recuperem a bola e se tal acontecer... então eles já estão desmarcados... eheheh!!!

Obviamente isto não faz qualquer sentido. Só faz sentido na cabeça deles, que ainda não aprenderam as colocações em campo! E ainda não aprenderam a ser solidários.

Esta também é uma lição de vida.
Quando os nossos amigos estão aflitos, devemos ajudar. Devemos estar disponíveis para ajudar. Devemos ser nós a dizer, «não te preocupes, eu vou ajudar-te!»


Também quando o defesa falha, somos nós que estamos ali ao lado que devemos ir ajudar, compensar a falha do colega.
Não é como muitas vezes vejo nestes jogos: Ficar a olhar e depois apontar ao colega: «A Culpa é tua!!!» Isso é muito, mas muito feio mesmo!



Mas coisas positivas:
Hoje vi também, muitas vezes, os jogadores a acreditarem no ataque... a subirem com convicção... o que não costumava acontecer!
Se conseguimos fazer boas jogadas de ataque contra a equipa que tem a melhor defesa do campeonato... porque razão não o conseguimos contra as equipas mais fracas... como o Vale Milhaços que tem mais golos sofridos que nós?

Voltando ao jogo!
Começa a segunda parte e os jogadores estão apáticos. Levam, em menos de 10 minutos uns 3 ou 4 golos.
Perguntam-me porquê?
Bem, nem sei dizer bem.
Bolas absurdas... com a bola dentro da área, chutinhos para a frente... a bola nos pés do adversário, remate e golo! Um defesa quando chuta a boloa para fora da área... tem de ser com toda a sua força... passes para o avançado... são de evitar, preferível atirar a bola para canto...
Mais uma bola com o defesa a ir à queima-roupa e a deixar o avançado sozinho (Já vi que este golo oferecido faz parte da quota semanal... há sempre um golito destes... o avançado vai receber a bola e o nosso defesa vai à queima-roupa, como chega tarde... o outro entra com a bola controladíssima e só tem de perguntar ao nosso guartda-redes, «para onde queres?».

Há depois outro golo deles que é um remate de longe... uma bola alta, mas que vai desmaiando, mas o Henrique atira-se para o chão a bola passa-lhe por cima.
Os golos deles são todos golos de falta de atenção nossa.
Quando o Diogo tem que ir à frente disputar a bola com um adversário... há um médio que tem de recuar e fazer o lugar dele. Mas viram isto acontecer? Pois, eu também não? Não há sentido de posicionamento no terreno!

Estavam 4-0 quando numa jogada de contra-ataque o Elídio, numa daquelas suas arrancadas, corre, corre, luta com o defesa, ganha a bola e chuta ao canto da baliza.
Um golaço! 4-1

Mais uns minutos de futebol bem jogado... mais duas desatenções. bem, uma das jogadas o avançado deles está fora-de-jogo, mas enfim!

6-1.

Só que o Almada começa a construir melhor. A entrada de Virginaldo ajuda a segurar a bola no chão.

4 jogadores começa a trocar bem a bola, Galego, Mário, Virginaldo e Elídio.
Numa dessas jogadas, Mário abre à direita, Virginaldo puxa à linha de fundo, centra para a área e Elídio empurra para as malhas!
6-2

Depois, eis a perte em que eu influí no jogo... mas positivamente, sejamos claros!

Estava eu a tirar fotos na linha, no lado contrário dos bancos de suplentes, e começo a constatar que os miúdos do Arrentela só jogam com os braços. Agarram os miúdos, puxam as camisolas... Que raio. Começo a indignar-me e a gritar: «Senhor Árbitro, não vê os jogadores a jogarem com as mãos???» Gritei sempre que vi bolas daquelas. E foram várias. Em metade das jogadas o árbitro assinalava, noutras não!
A dada altura, gritei de novo e o árbitro não gostou, veio avisar-me: «O Senhor quer continuar a ver o jogo? Veja lá? Senão tenho que tirá-lo daqui!»
Ao que eu respondi: «Senhor árbitro, não deixe os miúdos jogar com as mãos, isto é futebol!».

Eu acabo de dizer isto... há uma jogada de ataque nossa, o Galego entra na área e há um defesa do Arrentela a puxar a camisola do Galego por trás... Azar do miúdo, porque o árbitro estava mesmo atrás, e viu tão bem como eu, que estava ali ao lado!

Apitou penalty!

Galego marca, atira devagar para o canto direito. Fica 6-3.
Mais dois ou 3 minutos de jogo e acaba o encontro!

Claramente o melhor jogo do Almada/Infantis desde o início da temporada.

No final fui pedir desculpa ao árbitro por ter gritado tanto, mas explicar-lhe que não se pode deixar os miúdos jogar com as mãos, aquilo não é futebol!

O Rapaz alegou que era de parte a parte.
Ainda lhe disse que não. Que os do Arrentela jogavam sistematicamente com as mãos, enquanto na equipa do Almada só um ou outro o fazem (o Rui usa e abusa disso, pelo menos em duas jogadas que vi era razão para penalty, a bola vem alta e ele empurra o avançado com as mãos nas costas, para poder chegar primeiro de cabeça - o árbitro não viu ou não quis ver... para compensar as outras mãos... mas não pode ser).

Enfim, uma conversa civilizada.
A verdade é que chegámos ao final do jogo e o galego diz-me que não era penalty.
Ou seja, o Galego nem sentiu o puxão da camisola, mas eu e o árbitro vimos bem esse puxão, do ângulo em que estávamos. E a conversa era mesmo sobre esse assunto, o árbitro foi impelido a assinalar!
Não, não me sinto mal por ter pressionado.
Aliás, tive vontade de ir falar com aqueles miúdos no final, dizer-lhes que não se joga futebol assim. Mas não vale a pena. Há pessoas que interpretam mal e ainda se chateavam comigo...

A verdade é que estes miúdos, para o ano que vem vão ser iniciados, vão ter adversários que são miúdos muito corpulentos, alguns já de barba rija, e nesse momento, quando vier com o bracinho a puxar, vão ver o que é bonito!

Eu lembro-me bem!
Para esses chico-espertos, havia receitas ideais: Num momento em que esteja com a bola nos pés, mantemo-nos atentos, quando vemos que chegamos à bola, tiramos a bola.... e vai a bola para fora, mas vai também a perna do adversário atrás.... Pois é. É muito feio! Mas era isso que se fazia com esses miúdos cheios de truques, com puxões, com beliscões, com mariquices que nada têm a ver com o futebol!.

Estes do Arrentela agora fazem isto, mas para o ano que vem... ou aprendem a jogar com os pés, ou vão sofrer... vão vão... E depois quando perceberem que ficar dois meses sem jogar devido a uma lesão provocada num choque muito bruto... vão perceber que é melhor jogo limpo!

Todos vimos. O Galego, o Mário, o Luís, o Ricardo... coitados dos miúdos, seguravam a bola, puxavam para o lado para passar... e já não chegavam à bola, havia um, às vezes dois a puxar com as mãos...

Que raio! Será que alguém os ensina a fazer aquilo?
Se ensina... é uma vergonha!


AVALIAÇÂO INDIVIDUAL:

HENRIQUE: Esteve muito bem. É verdade que um ou dois golos são bolas que, se tivesse melhor posicionado, poderia ter defendido. Mas também devo assinalar que o Henrique defendeu muitas bolas que há um mês não esperaríamos que defendesse. Ou seja, está a evoluir.
Tem de melhorar muito em 2 ou 3 aspectos. Tem de perceber com rapidez quando deve sair da baliza. Criou 2 ou 3 situações muito complicadas. Não pode hesitar. Quando decide sair, a bola tem de ser dele. Se hesita cria problemas à defesa...

RUI: Foi dos melhores jogos do Rui. Talvez o segundo melhor. O de Alfarim correu-lhe melhor!
Neste, contra uma equipa muito difícil, o Rui esteve mais rápido do que é normal, foi mais perspicaz a perceber o momento em que deve meter o pé, foi inteligente a antecipar-se ao adversário. A CORRIGIR: Continua a ir (agora menos vezes) à queima-roupa em situações em que não o pode fazer! Se chega atrasado, o avançado entra... AInda se precipita um pouco em situações que são de meter a bola no chão para o colega mais próximo. Tem também de melhorar tecnicamente: Pontapés de baliza com bico, é aceitável, passes de bico não, Nunca. A Bola vai desgovernável... Fez 2 ou 3 passes desses para o Elídio... jogadas estragadas, é muito difícil dominar uma bola que vem de bico...

DIOGO: ESteve igual a si próprio. Calmo, a usar bem a altura, um bom jogo. Apenas um ou outro passe mal feito! De resto, perfeito!

GALEGO: Com jogadores que usam muito os braços, esteve com pouca capacidade de retenção da bola. Nos momentos em que conseguiu ganhar espaço esteve bem. Desperdiçou uma ou duas jogadas com algum individualismo a querer fintar... Mas não fez um mau jogo! Esteve na construção das melhores jogadas.

MÁRIO: Fez um bom jogo. Muito massacrado pelos puxões dos jogadores de meio-campo do Arrentela, ajudou defensivamente, fez uns bons passes para o espaço vazio da corrida de Elídio, e ainda fez dois remates à baliza, um deles com algum perigo. A CORRIGIR: Tem de apoiar mais a defesa.

ELÍDIO: Tem uma tendência teimosa de só querer atacar e esquecer a defesa. Mas o «Mister» Pedro não o largou o jogo todo, «Recua!, Desmarca!, Recua! Desmarca!» e graças a essa pressão, eu arrisco dizer que foi o melhor jogo que já vi do Elídio. Marcou dois bons golos, teve mais 2 hipóteses de marcar... foi talvez o melhor jogador em campo!

LUÍS: Teve que correr muito, porque ajudou muito a defender, mas depois as pernas não chegavam para tanto. Fez um bom jogo, se pensarmos em termos globais, como atacou e como defendeu, mas foi um bocadinho trapalhão quando tinha a bola nos pés. Pelo menos em duas situações tinha vários jogadores a desmarcar-se e embrulhou-se com a bola nos pés... Mas, NOTA POSITIVA, claramente.

MARIA: Jogou pouco porque entrou sempre com muito nervosismo, sem ouvir o que o «mister» lhe dizia. Acho que fez bem em tirá-la de campo quando percebeu que não cumpria o definido. Andava perdida. Teve momentos bons, é sempre uma jogadora que dá tudo em campo. TEM DE TER MAIS CALMA, tem de se concentrar nas instruções que recebe. Não pode entrar em campo e fazer o que lhe apetece. Enquanto não tiver rigor táctico, será sempre um jogador que envolve algum risco... e por isso fica mais tempo de fora... Basta concentrar-se mais. TEM MUITO POTENCIAL, vai evoluir!

RICARDO: Continua a entrar em campo com muito nervosismo, nervoso miudinho que, ao contrário da Maria, torna-o paralisado. Fica parado, tem pouca genica. É pena, porque quando tem a bola nos pés, sai sempre boa jogada dali... o problema é que tem pouca garra, e dá a ideia de se esforçar pouco! Como jogador supelente, deveria entrar no campo a «comer a relva», mas não, entra devagar, devagarinho! Vai nervoso. É UMA QUESTÂO DE TEMPO. É o tipo de jogador que, de um dia para o outro, vai ganhar confiança e nesse momento, quem olhar para o Ricardo nem o reconhece... é dar-lhe tempo! FEZ UM BOM JOGO. Esteve nas melhores jogadas da segunda parte!

ISAQUE: Entra, tal como a irmã, com muita pica, esforça-se muito, mas nos momentos em que é preciso ter calma, precipita-se sempre um pouco. Mas fez um bom jogo. Quando tem de disputar uma bola com adversário nunca acredita que vai chegar primeiro. E quem não acredita... não chega lá! Tem de ganhar mais disciplina táctica e ganhar auto-confiança!


VIRGINALDO: Mais um jogador que, com a bola nos pés, faz a diferença. O problema é que não consegue ganhar tantas bolas como devia. Vem do banco sem garra, está à espera que lhe passem a bola, mas luta pouco para ganhá-la ao adversário. No dia em que conseguir ganhar a guerra da disputa de bola tornar-se-á um jogador de fazer a dioferença, porque tem uns bons pés, finta bem e sabe passar bem.